segunda-feira, 30 de novembro de 2015

E se?

Em meio a um emaranhado de pensamentos tento me concentrar, mas todos os "não ditos" me confundem e me dispersam pela enésima vez. Pois veja bem o peso de uma palavra, especialmente uma palavra a qual foi guardada, pesa toneladas, se faz grade, se faz âncora e amarra. Aprisiona, faz refém, torna a vida estática.
Confunde direções, confunde sensações e obstrui qualquer caminho que ouse surgir. Confunde minhas maiores convicções e faz de mim casa de dúvida e incerteza. 

sábado, 17 de outubro de 2015

Talvez minha maior qualidade sempre tenha sido a capacidade de me jogar de cabeça em tudo aquilo que eu acredito, tenha sido essa capacidade de acreditar no melhor de quem me cerca, de acreditar que sempre há uma nova possibilidade, uma nova chance, um recomeço, um não dito que se perdeu e só precisa de espaço para se tornar concreto. Sem meias palavras ou meias verdades, só coração escancarado e fim. Ou talvez esse seja o maior defeito de quem nutri uma esperança infinita, que insiste em lutar e dar a cara a bater por algo que pode já ter se dado por encerrado.
Prefiro acreditar que para quem age com todo o coração não existe risco que amedronte, a coragem nunca falha, a força motora é a certeza de que lutou-se até o fim, seja ele qual for. A reciprocidade? Essa é um bônus, um bônus que alimenta a alma e vez ou outra aparece para mostrar que coisas incríveis estão por aí, só aguardando que nos lancemos de corpo e mente em suas direções para que se concretizem.
Viver se escondendo atrás de receios e desculpas torna tudo tão morno, racionalizar cada atitude limita nossas possibilidades, impede que o acaso nos encha de presentes lindos, cerceia chances. Ouso dizer que não se arriscar é autossabotagem das bravas, afinal, o que é a possibilidade de um coração partido, de um novo ralado ou de uma cara quebrada, frente uma oportunidade de acabar esbarrando na felicidade?